Numa despudorada autoficção, o escritor e compositor Luís Capucho mergulha o leitor na penumbra em Cinema Orly. É um relato confessional que se passa quase inteiramente na sala de exibição de filmes pornográficos do título. Corre a década de 1990, quando o local, no centro do Rio de Janeiro, havia se transformado em endereço de encontros homossexuais, enquanto na tela eram exibidos filmes de pornografia hetero. Entre homens e travestis, e uma única mulher que vendia balas e cigarros, o prazer é obtido furtivamente, sob a parca luz da projeção. O livro se baseia na experiência do autor e em sua observação detalhada do dia a dia do cinema Orly e seus frequentadores. Publicado originalmente em 1999, esse clássico transgressor e underground faz parte da coleção Sete Chaves, da CARAMBAIA, voltada para a literatura erótica. A curadora da coleção, Eliane Robert de Moraes, assina o posfácio com Bruno Cosentino, compositor e doutor em literatura brasileira. O projeto gráfico é de Laura (...)