Quase trinta anos após a edição do livro que precedeu a presente obra, contendo artigos de estudiosos preocupados com a leitura e o ensino da literatura, Regina Zilberman e Tania M. K. Rösing organizaram Escola e Leitura: Velha Crise, Novas Alternativas. Os textos apresentados mantêm o objetivo da obra anterior: estimular a leitura da literatura na escola, sem deixar de reconhecer, entretanto, que o tempo passou, e as mudanças foram notáveis. Por um lado, o Brasil redemocratizou-se, a economia globalizou-se, e o ensino básico passou por reformas nominais e estruturais. Por outro, pensadores e professores debateram os prós e os contras da indústria cultural e seus subprodutos, como best-Sellers, histórias em quadrinhos, novelas televisivas e manifestações populares como cordel, funk, rap, hip-hop. Além disso, os meios de comunicação de massa expandiram-se, e inventaram-se acessórios revolucionários, como o computador pessoal e o celular. A cultura rompeu fronteiras entre o centro e a periferia, o erudito e o popular, o rural e o urbano, ampliando o potencial de criação e de investigação.Nesse sentido, os enfoques transformaram-se, e as perspectivas alargaram-se, pois, se muitas questões permanecem, outras assumem roupagem distinta. Sem perderem o fio condutor da discussão, essas questões clamam por respostas atuais e escolhas estimulantes, como propõe Escola e Leitura: Velha Crise, Novas Alternativas.