Histórias há muitas, fantásticas ou não fantásticas. Qualquer vivente com imaginação ou poder de observação pode inventar ou contar uma história. E como todo mundo tem pelo menos um pouco de imaginação e presta um mínimo de atenção, não há grande mistério em produzir ou reproduzir uma história. Mas se é assim, o que distingue as boas histórias das histórias corriqueiras, das histórias de qualquer um? A diferença está no contador. A história só é boa se o contador sabe contá-la, se for alguém com uma imaginação fora do comum, ou que tenha a capacidade de transformar qualquer relato numa narrativa que nos prende. Antonio Carlos Santos Rosa é um desses contadores privilegiados. Tem ótimas histórias para contar e, decididamente, sabe contá-las. Neste caso, o adjetivo fantástico serve tanto para as histórias quanto para o seu autor. Luis Fernando Verissimo.