Neste ano de centenário modernista, o poeta carioca recupera a irreverência dos bardos heroicos de 22, reverente ao mesmo tempo a quadros próximos cotidianos e a sonhadas expansões espaciais em paragens longínquas: passando por Teresina, por Katmandu, pelos arabescos musicais de Jupiter Variation, de um John Coltrane, desembarca na próxima galáxia. Em essencial estadia no espectro concretista, alia-se sem precipitações à linhagem de grandes poetas do nosso tempo, aprimora denúncias, rasura identidades, desestabiliza gramáticas do aviso.