"O desenvolvimento da psicologia levou o autor a se ocupar cada vez mais dos problemas surgidos no inter-relacionamento humano e vindos à tona no contexto em que as pessoas atuam. Dentre estes tem chamado atenção, pela sua freqüência e gravidade esse complexo de desgosto, cansaço e desencanto que afeta profissionais e, com maior freqüência, voluntários que se dedicam ao serviço de pessoas necessitadas, doentes, crianças abandonadas, idosos etc. Os americanos o denominaram burnout, para o que não existe tradução satisfatória. Usa-se em vernáculo termos aproximativos como ""entrar em tilt"", ""estar fundido"", ""estar arrebentado"", expressões que na linguagem cotidiana se referem a um desgaste psicofísico que a longo prazo pode queimar ou consumir as energias, sobretudo de quem exerce uma ""profissão de ajuda"". Médicos, enfermeiros, psicólogos, voluntários, assistentes sociais e espirituais são as figuras que mais correm risco de burnout, pois estão diariamente em contato com pessoas necessitadas de ajuda. Nesses casos, o envolvimento emotivo é forte, e pode acontecer de não existir mais a condição necessária para exercer eficazmente a própria profissão. Partindo dos fundamentos humanos e psíquicos da atitude de ajuda, os comportamentos denominados pró-sociais, a obra, por meio da descrição de situações vividas, orienta o leitor na elaboração do diagnóstico, apreciação dos fatores que intervêm no aparecimento e agravamento do desgaste psicológico e indica uma série de pistas que podem ajudar não só a evitar o pior, como a se recuperar depois de se ver esgotado para a ação."