Alice, a história de uma menina que muda de tamanho a cada página, trata da instabilidade do ser. "Nunca tenho certeza do que eu vou ser de um minuto para o outro!", ela reclama. Nós - com nossos títulos e diplomas, nossos sobrenomes e genealogias, nossos crachás e cartões de crédito - achamos isso estranho. As crianças, não. Um dos críticos mais respeitados do país, apesar de não se considerar assim, mas um leitor comum, um "crítico sentimental", José Castello escreve colunas para o suplemento "Prosa", de O Globo, aos sábados, desde 2007 . Um trabalho delicioso e surpreendente, que ele mesmo descreve como "aventuras que narram suas peripécias através dos mares inquietos e turbulentos da poesia e da ficção". Sábados inquietos reúne cem das mais de 250 colunas publicadas por ele de janeiro de 2007 a março de 2012. Seus exercícios de crítica literária perpassam autores como Machado de Assis, Lewis Carroll, Clarice Lispector, Nelson Rodrigues, Vinicius de Moraes, Kafka, Borges, Beckett e muitos outros. Sempre de uma perspectiva íntima, falando sobre aquilo que o toca em cada obra, seus textos nos induzem para uma verdadeira viagem no mundo das emoções, um mundo quase surreal.