O livro Henri Bergson e o ensino de História trata do Tempo e da História, da Arte e do Ensino, do Jogo e da Experimentação. Utiliza para isso uma dupla interface: os escritos de Bergson e a perspectiva das filosofias da Diferença em Educação. Evidencia uma busca por novos meios de expressão didáticos e filosóficos, bem como um conjunto de reversões e cumplicidades traçado e desfeito entre História e Devir. Por fidelidade ao paradoxo, revira os limites entre a experiência do tempo e a historicidade, constrangendo a consciência histórica a enfrentar sem refúgio o monstro da fabulação. No clímax do enfrentamento, o ensino de História parece arrebentar o seu próprio registro, excedendo a tópica de uma ordem formativa e embarcando no impulso da sua própria desfiguração. Conduzido para fora de si pela jangada de medusa, o pensamento histórico atravessa o próprio aniquilamento para reencontrar sua potencialidade radical de expressão.