Essa obra consiste numa investigação de como se constituiu e como se operam os regimes de verdade aplicáveis aos corpos negros independentemente das diversas posições que eles ocupam nas práticas judiciais de veridição. Parte-se da hipótese de que os regimes racializados de produção da verdade reatualizam a colonialidade do Direito e dos sistemas de justiça. Ao longo dos capítulos, o leitor e a leitora é convidado(a) a refletir sobre as principais categorias foucaultianas, que serão revisadas sob a perspectiva de Sueli Carneiro, a qual inscreveu a problemática racial no campo analítico dos conceitos de dispositivo e do biopoder, apresentando o dispositivo de racialidade. Essa perspectiva crítico-racial prossegue abordando a branquidade do poder e o véu da branquidade, abrindo caminho para compreender a tradição dogmático-formalista do Direito e fazendo uma ponte entre o pensamento dos juristas, [...]