Três mulheres se encontram em um Café Bar e lá mais uma mulher as atende. Todas elas tão plurais e tão idênticas. Esse é o mote da dramaturgia de Talita Feuser. Quatro mulheres se encontram e tantas outras ressoam neste acontecimento. Elas se perdem e se acham, umas às outras e, por isso, a si mesmas também.Quando Chove nos faz pensar o quanto o feminino implicado nessas figuras apresenta um universo tão contraditório e tão maior do que o imaginário tradicional sobre a identidade das mulheres. Nessa dramaturgia, encontramos uma recusa dessa leitura que tenta se impor há séculos. As Madames Du Bê e Ar, junto com Maria Antônia, nos mostram que não estamos prontas e ainda continuamos inclassificáveis: Que bom! A escrita de Talita Feuser é um deleite poético. Neste livro encontramos a atriz que escreve ou ainda a poeta que atua. É por isso que as palavras parecem sair mesmo da boca de quem performa e não de uma mão que escreve mecanicamente. A oralidade do narrar histórias, atributo (...)