O percurso das literaturas negra e periférica a partir dos anos 1960 enfrentou questionamentos, barreiras, invisibilidade, oposição, pouca valoração. Mas, ao negarem o que sempre lhes fora naturalizado no senso comum e na história social do país, escritores, ativistas e intelectuais negros e periféricos escavaram com enfrentamento e resistência um espaço incontestável na história da literatura brasileira. Isso pode ser observado no reconhecimento que o presente, por fim, confere a nomes como Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus, Paulo Lins, Conceição Evaristo, Marcelo D’Salete, Oswaldo de Camargo, Sérgio Vaz, Kiusam de Oliveira, entre tantos outros – hoje celebrados, premiados e objetos de estudo.