A capital da Toscana, na época de Lourenço de Médici, era uma cidade de contrastes: seu notável esplendor artístico fulgurava, mas uma sordidez inigualável reinava nos quartos de suas habitações coletivas superlotadas e consumia-se nos excessos pagãos e nos sermões apocalípticos do padre dominicano Savonarola. A República Florentina deu origem tanto à perfeição sobrenatural da Primavera, de Botticelli, quanto ao realismo audaz de O príncipe, de Maquiavel. Neste rigoroso retrato de Lourenço de Médici, a narrativa arrojada de Miles Unger nos revela o esplendor e o horror do que foi o notável reinado deste "governante não coroado de Florença", fazendo jus à fama de mais intrigante príncipe do Renascimento. Resultado de uma pesquisa obstinada, essa narrativa envolvente e detalhada mostra um personagem fascinante, que governou Florença em um dos mais glamorosos períodos da turbulenta história da Itália, que consegue ser ao mesmo tempo popular e erudito.