Publicado pela primeira vez em 1921, A novela no início do Renascimento marca a estreia de Erich Auerbach (1892-1957) na crítica literária, abrindo caminho para uma obra em que está contemplado todo o arco da literatura ocidental. Raras vezes a erudição foi vertida numa prosa tão clara e concisa. Privilegiando sobretudo o Decameron de Giovanni Boccaccio, após Dante juntar novamente mundo e destino, Auerbach explica o momento em que as narrativas medievais, vinculadas à Bíblia e ao sagrado, dão lugar a uma nova forma de literatura, mostrando homens e mulheres enredados nos acontecimentos, prazeres e dores do mundo terreno. A comparação não se dá apenas no tempo mas também no espaço. Ao contrastar a novela italiana, de caráter aristocrático, com a francesa que de início a imitou mas tinha origem burguesa, o crítico aponta para o rastilho que levará ao romance do século XIX, matriz da literatura moderna.Publicado pela primeira vez em 1921, A novela no início do Renascimento marca a estreia de Erich Auerbach (1892-1957) na crítica literária, abrindo caminho para uma obra em que está contemplado todo o arco da literatura ocidental. Raras vezes a erudição foi vertida numa prosa tão clara e concisa. Privilegiando sobretudo o Decameron de Giovanni Boccaccio, após Dante “juntar novamente mundo e destino”, Auerbach explica o momento em que as narrativas medievais, vinculadas à Bíblia e ao sagrado, dão lugar a uma nova forma de literatura, mostrando homens e mulheres enredados nos acontecimentos, prazeres e dores do mundo terreno. A comparação não se dá apenas no tempo mas também no espaço. Ao contrastar a novela italiana, de caráter aristocrático, com a francesa que de início a imitou mas tinha origem burguesa, o crítico aponta para o rastilho que levará ao romance do século XIX, matriz da literatura moderna.Publicado pela primeira vez em 1921, A novela no início do Renascimento marca a estreia de Erich Auerbach (1892-1957) na crítica literária, abrindo caminho para uma obra em que está contemplado todo o arco da literatura ocidental. Raras vezes a erudição foi vertida numa prosa tão clara e concisa. Privilegiando sobretudo o Decameron de Giovanni Boccaccio, após Dante “juntar novamente mundo e destino”, Auerbach explica o momento em que as narrativas medievais, vinculadas à Bíblia e ao sagrado, dão lugar a uma nova forma de literatura, mostrando homens e mulheres enredados nos acontecimentos, prazeres e dores do mundo terreno. A comparação não se dá apenas no tempo mas também no espaço. Ao contrastar a novela italiana, de caráter aristocrático, com a francesa que de início a imitou mas tinha origem burguesa, o crítico aponta para o rastilho que levará ao romance do século XIX, matriz da literatura moderna.