Se a compreensão de intellectus como “hermenêutica” leva Geffré a “identificar a razão teológica com uma razão hermenêutica”, a compreensão de intellectus como “apreensão de realidade” – apreensão (e não mera interpretação) de realidade (e não simplesmente de sentido) – leva Ellacuría a falar da teologia como momento intelectual da realização histórica do reinado de Deus. Tendo passado pela “virada hermenêutica da teologia” (Geffré), é preciso passar por uma “virada” práxica da teologia (Ellacuría). E tanto em razão do caráter e do dinamismo da atividade intelectual (momento da práxis), quanto em razão da eficácia do fazer teológico e da teologia (realização do reinado de Deus).