Fiel à história narrada em Vidas secas, do escritor alagoano Graciliano Ramos, este Vidas secas em cordel, adaptação de Josué Limeira, ilustrado por Vladimir Barros, também se passa no sertão nordestino, na seca, na miséria vivida por Fabiano, Sinhá Vitória, o filho mais velho, o filho mais novo e a cadela Baleia, em suas andanças em busca de sobrevivência. Mesma história, outro gênero: agora, o cordel, manifestação da cultura popular brasileira que se originou no Nordeste, assim como Fabiano e sua família. Mesma paisagem, outra linguagem. Nas fortes e intensas ilustrações de Vladimir Barros, inspiradas no movimento armorial, fundado pelo dramaturgo e escritor paraibano Ariano Suassuna, o sertão também está presente com sua beleza triste e, muitas vezes, cheia de poesia. Transposta para o gênero cordel, a narrativa em versos metrificados e rimados, marcados pela cadência, presenteia ao leitor de qualquer idade a força da oralidade, de sabor bem brasileiro. (...)