As profundas transformações em curso mergulharam o mundo atual numa crise holística, desafiando as instituições em geral a trilharem novos caminhos, sob pena de se tornarem obsoletas na civilização emergente. Como instâncias privilegiadas de produção de sentido, as religiões institucionais, particularmente o cristianismo, encontram-se igualmente desafiadas a integrar os desafios do presente em novas sínteses, passíveis de serem universalizadas. O autor, tendo presente este pano de fundo, num texto sintético e direto, procura caracterizar a situação da Igreja no presente (cap. 1) e vislumbrar, desde daí, a Igreja do futuro (cap. 2) e o futuro da Igreja (cap. 3). Urge, alicerados na herança do Concílio Vaticano II, "advento para o Terceiro Milênio" (João Paulo II), devidamente recontextualizado em suas teses e intuições fundamentais, sob o dinamismo do espírito, forjar uma Igreja profética diante do retorno do neopaganismo, aberta ao diálogo ecumênico e macroecumênico, chamada a ser, na aurora do novo milênio, quem sabe, o último reduto de utopia.