Vó Ilda, nascida Ilda Martinha Vieira, não se sabe direito quantos anos viveu, mas foi em torno de um século. Sempre acordou com o canto do galo no Pântano do Sul, na Ilha de Santa Catarina. Acendia o fogão a lenha, fazia seu café e assava bananas, pois logo começavam a chegar as pessoas em busca de ajuda para suas feridas, dores do corpo e da alma. Mais um dia de benzeduras para curar mau olhado, zipra, cobreiro e por aí vai. Um galhinho verde, uns raminhos de laranjeira, e, com seu falar baixinho e cantadinho típico dos descendentes de açorianos, benze três vezes antes do sol nascer. São ervas, chás e a reza para que Deus interceda e a cura venha logo para aliviar o sofrimento. No final, aconselha o enfermo a colocar um galhinho de arruda embaixo do travesseiro e rezar para o seu anjo da guarda. Assim, socorria bebês, crianças, mulheres, homens, vindos de todo o nosso país e do exterior, gente simples e também empoderada. Passeava e visitava os vizinhos para uma boa conversa, (...)