Já no prefácio, diz Ilana Feldman: “Extremamente atual e imprescindível, o livro Mulheres de cinema traça um panorama do cinema realizado por mulheres de toda parte do globo terrestre, do Ocidente ao Oriente, do Norte ao Sul, do passado ao presente. Aos nomes das cineastas Alice Guy Blaché, Lois Weber, Esfir Chub, Leni Riefenstahl, Carolee Schneemann, Agnès Varda, Laura Mulvey, Chantal Akerman, Helena Solberg, Naomi Kawase, Trinh T. Minh-ha, María Novaro, María Luisa Bemberg, Lucrecia Martel, Safi Faye, Samira Makhmalbaf e Mira Nair, somam-se ainda estudos sobre realizadoras ameríndias, africanas, chinesas, portuguesas, iranianas, indianas, latinas, lésbicas, jovens, veteranas e pioneiras. A proposta é ousada e o panorama, vertiginoso. Tomadas pelo espanto, não conseguimos deixar de nos perguntar: Onde estávamos que nunca ouvimos falar dessa ou daquela realizadora? Por onde andávamos que nunca assistimos a uma imagem sequer de uma penca de filmes analisados? Onde elas se encontram e por onde circulam suas vozes e imagens?” A obra reúne histórias do cinema mundial sob uma perspectiva inédita, que é a feminina. Depois de Feminino e Plural: Mulheres no cinema brasileiro, livro que se tornou referência no assunto, tendo sido indicado ao Prêmio Jabuti em 2018, Karla Holanda organiza essa nova coletânea, que se propõe a pensar onde estavam as cineastas em determinados períodos em que a história do cinema canonizava diretores e suas obras, e discutir os filmes realizados por elas, bem como as frentes de pensamento que essa filmografia abre, nas dimensões histórica, teórica, estética, política, ética, humana – tudo isso reunido em um só volume. Ao analisar a participação das mulheres como diretoras em inúmeros países da América – em especial a Latina, da Europa, da África e da Ásia, abre-se espaço a cinematografias contra hegemônicas, pertencentes a contextos “menores”. Na apresentação do livro, diz a organizadora: “O presente reivindica abalos na estabilidade de olhares, p A obra reúne histórias do cinema mundial sob uma perspectiva inédita, que é a feminina. Depois de Mulheres no cinema brasileiro, livro que se tornou referência no assunto, Karla Holanda organiza essa nova coletânea, que se propõe a pensar onde estavam as cineastas em determinados períodos em que a história do cinema canonizava diretores e suas obras, e discutir os filmes realizados por elas, bem como as frentes de pensamento que essa filmografia abre, nas dimensões histórica, teórica, estética, política, ética, humana – tudo isso reunido em um só volume. Ao analisar a participação das mulheres como diretoras em inúmeros países da América – em especial a Latina , da Europa, da África e da Ásia, abre-se espaço a cinematografias contra-hegemônicas, pertencentes a contextos “menores”.