Não é novidade que a relação entre a produção artístico-cultural e as instituições de ensino é, por princípio conceitual, conflituosa. Afinal, se a área artística tem na transgressão sua mola propulsora, sua característica essencial, as instituições de ensino, por sua vez, pautam-se pela normatização. Como então favorecer um espaço de criação, de formulação e vivência de significados e sentidos múltiplos no processo educativo? O conjunto de experiências das autoras com formação de professores, em tempos e espaços diversos, dentro e fora da universidade, anima o debate em torno dessa questão e foi o que suscitou a reunião dos artigos que compõem o livro. Assim, a análise de temas variados como o registro e a documentação de experiências no cotidiano educativo, o gosto musical, o desenho da criança, os matizes do fazer pedagógico (ou sua tinta cinzenta), as relações possíveis entre cinema e educação, além dos gestos na educação infantil converge para uma questão central: a Educação Estética e suas diversas facetas.