Autora de uma vasta e premiada obra infantil e juvenil, a carioca Cecília Vasconcellos aborda, em seu primeiro lançamento pela Rocco, um tema que preocupa pais, professores e alunos a cada início de ano: os trotes violentos. Em A morte do calouro, a autora conta a história de Maria Eduarda, uma jovem estudante de Direito que sonha em ser delegada, mas acaba encarando o amargo desafio de investigar uma morte suspeita bem antes de se formar, logo nos seus primeiros dias de aula. Na aguardada festa de confraternização para os novos alunos que para Maria Eduarda seria a oportunidade perfeita para se entrosar com a galera da faculdade um calouro é encontrado morto. Um rapaz jovem, cheio de vida e de sonhos como ela. Uma morte estúpida, chocante, que a jovem estudante não vai deixar passar despercebida. Depois de ler a notícia da morte de Mariano no jornal, Maria Eduarda se dá conta de que escapou por pouco do castigo imposto pelo grupinho de veteranos barra-pesada que organizaram a festa valendo-se da ingenuidade dos calouros, ávidos por fazer parte de um grupo. Assim como Mariano, ela também não conseguiu virar a dose de cachaça que selaria o seu batismo. Agora, a notícia ecoa pela cabeça da garota. Se ela não tivesse saído correndo da festa, possivelmente teria sido trancada na sauna como o colega que ela não chegou a conhecer. Com a ajuda da delegada Vitória, Maria Eduarda está disposta a tudo para esclarecer a morte de Mariano. Mas descobre que, ao contrário dos romances policiais, nem sempre todas as peças do quebra-cabeça se encaixam quando se trata de desvendar um crime na vida real. E que a justiça às vezes cobra um preço alto. Mas vale a pena. Tratando de um tema atual e complexo, A morte do calouro dá nova vida à tradição do romance policial para a garotada, acrescentando à trama pitadas de filosofia e psicologia que levam os jovens a refletir sobre as relações humanas.