Claudia Attimonelli e Vincenzo Susca realizam um vigoroso exercício sociológico, ao mergulharem através da série inglesa Black Mirror para refletirem sobre as poderosas imagens de um imaginário social de futuro e o que pode o pensamento contemporâneo falar sobre nosso tempo tão incerto. Como dizem Attimonelli e Susca: Black Mirror é o pesadelo mais atual da época contemporânea, uma antecipação fenomenal e fenomenológica de nossa atualidade. Uma série que se apropria das realidades tecnológicas à disposição no presente e especula pelas circunstâncias sombrias do caráter o humano os dilemas que se abrem para uma nova condição de humanidade. O controle do mundo não mais pertence ao humano, mas aos inúmeros artefatos técnicos virtuais e robóticos postos à nossa disposição. Esses nos devolvem em seus serviços toda forma de terrorismo psicológico que os roteiristas da série puderam imaginar para contar suas histórias.[...]