São precisos quatro pares de olhos para entrar neste segundo em que o tempo brevemente parou. Dois deles são físicos, humanos, materiais captam o punhado de areia que escorre entre os dedos e forma o chão. Norteiam o ser, sua relação com o tempo e a vida lá fora. Os outros são íntimos, sensuais, femininos realizam o movimento de libertar a si e de se reconectar com o corpo e com todas as perdas e afetos que renascem a cada novo ciclo. Mariane Germano não vem falar só de belezas, trata-se de sentir. E muito. Aqui, a liberdade provoca, fere, trai, e por isso mesmo, é tão cabível a ela. Lorena Cardoso