Este livro revela a surpreendente trajetória da instituição paulista, criada em 1911, que está na esteira da formação do Direito do Trabalho e serviu de modelo para criação do Ministério do Trabalho em 1930. Trata-se da primeira publicação sobre a inusitada trajetória do Departamento Estadual do Trabalho que, juntamente com sua “instituição gêmea”, o Patronato Agrícola, reforça argumentos que nos levam a reconceituar o chamado período liberal do pré-1930. Regulador do fluxo migratório, precursor das leis trabalhistas, interventor direto nos conflitos sociais no período governado por Getúlio Vargas, sujeito ativo na formação da Justiça do Trabalho, Chaves amplia as lentes da história para nos revelar um Estado encarnado numa “burocracia clarividente” a se relacionar com nascentes organizações patronais e com os diversos matizes de organizações dos trabalhadores paulistas. Como afirma Fernando Teixeira da Silva, uma leitura indispensável.