Os versos da poética em Verdades provisórias são verdadeiramente definitivos nas evocações que falam por si, em sexagésima fração uma a uma nominada, entrelaçadas, convidando o leitor a começar por quaisquer dos poemas. A poeta, Dora Vilela, neste novo livro reafirma sua fluidez lírica, passeando desenvolta entre a profundidade reflexiva e o viço fresco da sua linguagem simplesmente densa [...] “Verdades Provisórias”’ nos possibilita conferir o olhar integralmente poético da autora, comunicando no bojo de sua capacidade criativa e sensível, emoções de sua vida familiar, alusões a seu universo particular, e a instigante permanência da temática da temporalidade. [...] Sem poema certo para começar ou terminar, o livro da Dora Vilela, repõe, revolta, revira, revê, mas fundamentalmente revigora a beleza da sua arte poética. [?? por Ana Figueiredo]