A arte deve ser ou a arte é independente com relação ao horizonte do político? Ou, pelo contrário, ela se completa, se expressa plenamente, quando sua operação é política? Essas e outras questões que emergem da análise das relações entre arte e política são o fio condutor dos ensaios reunidos nesta coletânea. Seus autores esquadrinham as tensões e convergências histórico-filosóficas entre estética e política, analisando-as por diversos prismas, que vão das artes visuais à música, do direito à psicanálise, da Grécia Antiga ao Tropicalismo. No percurso da leitura, vão oferecendo chaves valiosas para a compreensão das conexões, singularidades e estranhamentos existentes entre essas esferas fundamentais da atividade humana. Veremos que a longa tradição de estudos nessa área, longe de ter se esgotado, reafirma sua vitalidade ao produzir novas elaborações sobre experiências que são tão clássicas quanto contemporâneas.