A psicologia pode ser ensinada a partir de um conteúdo realmente aplicado ao Direito, colaborando para que haja uma compreensão dos desafios apresentados pelo exercício diário das funções jurídicas. Este livro responde a perguntas comuns, tais como: Por que as pessoas se demonstram insatisfeitas com as decisões judiciais? Qual a finalidade das várias formas de punição penal? A pobreza pode levar alguém a se tornar um delinquente? Por que cada pessoa tem uma compreensão do que é justo e do que é injusto? É verdade que existem ideias universais sobre o que é justo ou injusto? Por que muitas leis nunca saem do papel? Por que é tão difícil fazer as pessoas cumprirem uma nova lei? Por que as leis são mudadas de tempos em tempos? Como lidar com as atitudes, opiniões e condutas das pessoas em relação à justiça? A autora apresenta a psicologia social da justiça, originalmente norte-americana, analisando-a de uma perspectiva da psicologia social francesa, sobretudo a partir das recentes teorias que giram em torno da abordagem teórica das representações sociais. A linguagem é compreensível e informal; para organizar o conteúdo, exemplos e quadros são utilizados. Muitas teorias expostas neste livro podem ser aplicadas para contribuir com a legitimação do poder jurídico e com o bem-estar do cidadão que frequentemente se sente injustiçado. Compreender as concepções de justiça das pessoas comuns é uma ferramenta inestimável à prática do Direito.