Quando decidi escreve esse livro “uma Bíblia das Bruxas”, pensei ‘o que estou fazendo, é um assunto complexo, extenso, cansativo, e provavelmente não irei dar conta de faze-lo’, claro era um pensamento novo, e de alguma forma ele era ate um tanto gentil para comigo, afinal, tudo no mundo gira em torno de prazos e metas, e ate para escrever o livro eu tinha um prazo – 31 de outubro, ou o dia das Bruxas. Foi um livro muito complicado de fazer ate porque não o fiz sozinho, escrevi com a ajuda de muitas pessoas, muitas dessa época atual em que vivemos, e muitas de uma época que nunca saberemos como foi. Adicionei a esse livro, alguns manuscritos que tinha sob o meu poder, inclusive uma copia de um livro de feitiços de uma bruxa de Veneza do século 17, que ganhei como Herança magica a alguns anos trás. Em dados momentos eu estava escrevendo o livro e me perdia nele, digitava paginas e mais paginas de paginas em branco, então parava, lia tudo e dizia: “entendi, nada disso foi eu que escrevi”, porque de algum modo nada daquilo me fazia sentido, então dormia algumas horas, tomava um café, lia o que estava escrito e dizia “uau, nossa, que surpreendente...” então o capitulo estava pronto. Acho que tive sorte, por ter sido escolhido para escrever esse livro – por quem eu ainda não sei ao certo, forças superiores? Talvez... Escrever um livro que fala sobre “Bruxa e Bruxaria” é um tanto audacioso, porque não podemos falar sobre todas as bruxas, sobre todas as crenças e crendices e credos... nesse livro não falo de “religiões que contem bruxaria”, eu falo de um assunto antes disso, eu falo de um tempo em que ser bruxa, não precisava de religião... eu falo nesse livro sobre a bruxaria que nascia da Bruxa, e falo também sobre a Bruxa que era alma irmã de Deusas e Deuses, não filha desses... esse livro não fala sobre Sacerdotes e Sacerdotisas, nem muito menos sobre religiosidade, ou caldeirões e varinhas, esse livro fala sobre um conceito mais puro de bruxaria.