A primeira edição de Um alpendre, uma rede, um açude, republicado agora pela Editora José Olympio, saiu em 1958, mostrando um amplo retrato do Brasil e sua gente. “A rigor, a autora destas crônicas é uma de nossas maiores conquistas no gênero, ladeado por José de Alencar e Machado de Assis, Antonio Torres (o de Verdades indiscretas) e João do Rio, Cecília Meireles e Rubem Braga, Nelson Rodrigues e Paulo Mendes Campos”, escreve André Seffrin. “Isso porque, na obra de todo escritor paradigmático, a crônica pode ser um pouco de tudo: drama, comédia, desenho de circunstância, afirmação política, crítica mordaz, trecho de diário, crônica de costumes, memórias, folhetim, relato de sonho, poema em prosa ou ‘núcleos e embriões de romance’, como sugeriu certa vez sobre Rachel o agudo Antonio Carlos Villaça. História (com maiúscula) e histórias, com um pouco de tudo que há no mundo. Quer dizer, a condição humana e seu coração descoberto.” UM ALPENDRE, UMA REDE, UM ACUDE