Sua pesquisa parte da ideia fecunda de que os cenários camponeses, entre a comunidade e a família, não são imóveis ou lentos em suas mudanças, como querem alguns. Ao contrário, vistos em sua dinâmica própria, eles se revelam em uma constante transformação. Com uma sabedoria peculiar, o povo de Olivânia aprende a incorporar as novidades devidas, a equacionar outras, e a rejeitar as que não se adequam aos seus modos de vida. De passagem, quero ser testemunha de que logo no início de seu trabalho, a simples (e longa) exposição sobre os fundamentos e a metodologia de sua pesquisa já configuram de saída uma das mais convincentes e criativas reflexões sobre a pesquisa no âmbito das relações sociedade-educação e comunidade-escola que já li até hoje. E eu já li centenas delas. Assim, ele procede em sua pesquisa a uma análise etnográfica voltada aos fatores e elementos presentes no corpo das práticas sociais da família camponesa tradicional. E, em outra direção, ele foca a presença, os [...]