Maria Lúcia abre a janela, cabelos úmidos, saiu do banho, deduz. Ele aspira, na imaginação, o perfume de sabonete, o frescor da pele. Ela olha para baixo. Vê o vulto no sofá do subsolo, à espreita. "Como é que pode?" Pensa em fechar a veneziana, mas muda de opinião. Apaga a luz do teto e liga o abajur, colocando-o no chão. Forma-se um círculo claro na parede sombreada. Quer ver? Então verás vultos para aguçar a imaginação.