Educadores estão atordoados frente às "novas" tecnologias, em particular frente ao que se está chamando "habilidades do século XXI". Primeiro, porque, alavancadas pelo mercado, as tecnologias digitais avançam sôfrega e já compulsoriamente. Segundo, porque a pedagogia ficou para trás, entretida com suas didáticas obsoletas, em especial com a aula instrucionista. Terceiro, porque nem tudo são flores nas tecnologias; ao lado da pressão consumista, aparecem riscos consideráveis para as crianças, em contexto de preocupante ambigüidade. Quarto, porque há, sim, oportunidades inovadoras, se soubermos usar. Entre os desafios mais prementes estão as novas alfabetizações, indo muito além do tradicional "ler, escrever e contar" e que não passa de pressuposto. A escola não corre o risco de ser extinta, muito menos o professor, mas encontram concorrências duras que acenam para horizontes bem mais complexos e complicados, como são as oportunidades de aprendizagem informal. A par disso, em geral as crianças se dão bem com o computador; elas se alfabetizam com maior naturalidade, mexendo na máquina e conversando com seus colegas.