Combinando a morfologia de Propp à terminologia de Pike, Alan Dundes, no fundamental ensaio A Morfologia dos Contos Indígenas, que abre o volume, estabelece uma análise inovadora desses contos até então tidos como informes e casuais. Em ensaios seguintes vai além, ao propor igualmente uma decifração de aspectos inconscientes, não só do conto tradicional como do folclore não verbal – rios, jogos, superstições... A Editora Perspectiva, através da coleção Debates, traz assim uma obra instigante não só ao folclorista e antropólogo, mas também ao psicanalista, ao lingüista e ao semiótico.