A casa que habita este livro é a das múltiplas leituras. Da forma rigorosa dos sonetos à desmesura vertiginosa dos versos que se encadeiam em torno do tema central, o que aqui se revela é a possibilidade de habitar uma goteira, morar em um desabamento, viver num incêndio - e desse modo o autor constrói uma 'transpoética do espaço', atravessado pela casa/mundo na transparência da palavra.