A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. [...] e de tanto se acostumar, se perde de si mesma (Marina Colasanti). Na rotineira organização dos espaços escolares, hoje, em 2024, quem entra numa escola quase não se lembra o que foi vivido durante a pandemia. Evitamos lembrar da escola vazia e dos significados construídos mediante o medo das crianças voltarem para a escola ainda durante a pandemia. Mas quais eram esses significados, o que esperávamos desses espaços, como imaginávamos as aulas nesse contexto? Embora lembrar desse contexto traga lembranças difíceis, é preciso pensar nas (re) significações que essa realidade nos trouxe na tentativa de retirar dessas vivências lições que nos façam enriquecer a educação. Esta obra trata-se de um chamado à reflexão da dura realidade que vivemos para readequar objetivos educacionais, espaços e práticas (...)