Após anos esgotado, 1889: a República não esperou o amanhecer, de Hélio Silva (1904-1995), volta às livrarias. O livro abre a série de dezesseis volumes sobre história brasileira do final do século 19 e século 20 do autor, chamada O ciclo de Vargas, e publicada nas década de 60 e 70 pela editora Civilização Brasileira. Um pouco deixado de lado nos anos da abertura política, a partir de quando foi dado mais espaço a obras analíticas da história do país, e por vezes mal-visto por acadêmicos por não ser historiador de formação, mas médico, Hélio Silva e sua obra são de importância crucial para um país que quer se conhecer para se projetar ao futuro. O autor, auxiliado por sua colaboradora, Maria Cecília Ribas Carneiro, foi às fontes oficiais, aos discursos dos personagens envolvidos, a documentos pessoais, etc, para fazer como que uma reconstituição da história brasileira. Ele apresenta fatos necessidade primeira do estudo da História. Em 1889: a República não esperou o amanhecer, tem-se o desenvolvimento de todas as tensões que levarão à queda da monarquia. As exigências militares, a repercussão popular dos acontecimentos, as cartas privadas da família imperial às vésperas do exílio e outras informações reencenam com vivacidade e com o espírito do tempo os primórdios da vida republicana no Brasil. Detendo-se também sobre o governo provisório e os primeiros governos republicanos, 1889: a república não esperou o amanhecer é uma introdução necessária para a compreensão do século 20 da história brasileira.