Este é um breve escorço, meramente literário e sem pretensão técnica, que tenta perquirir uma visão ensaísta sobre o Estado (sem afirmar como ele deveria ser), como os governos não têm a ousadia de enfrentar os problemas que afetam o povo. Por mais bem intencionados que sejam, quando alçados ao poder, vítimas de uma metamorfose pessoal, ética e política, entregam-se às delícias palacianas cercados de áulicos interessados somente em seu bem-estar pessoal. A intenção foi um esforço de mostrar que, ao longo de 6 mil anos a humanidade experimentou tentativas de aperfeiçoar a imprescindível liderança estatal e, praticamente, quase todas elas resultaram em fragorosos insucessos. No fundo, o que interessa é perscrutar os invisíveis sinais sintomáticos dos desvios ideológicos e desvendá-los no nascedouro. Mais do que tudo isso, a despeito dos seus tropeços, jamais perder a confiança no melhor dos regimes políticos: república parlamentarista democrática. Alertar para o perigo de ouvir alguém enaltecê-la em altos brados. Com certeza, esse demagogo não acredita nisso e apenas se serve dessa bandeira para ludibriar a população e lograr o seu desiderato.