Esta obra se propõe a percorrer diversos cenários da contemporaneidade (desde o objeto da arte, do discurso da medicina, da relação entre saber- conhecimento, até a ideia de interpretação em psicanálise), interrogando, assim, as consequências subjetivas de uma época assinalada pelo discurso da Ciência. Interpelando o discurso que tenta dar respostas a todos os acontecimentos, as autoras propõem alternativas que possibilitem repensar a clínica da saúde mental frente aos desafios da época. São colocados em discussão temas como a violência do saber tudo (consequência de um sistema no qual tudo se origina em torno do saber); a normatização versus a singularidade; o resgate do valor fundante e formativo da palavra em lugar do 'culto à imagem' e ao consumo medicalizado de 'calmantes' frente à angústia provocada pelo mal-estar contemporâneo.