A construção teórica de Freud pode estar investida de domideologia, que é a conjunção de dominação (real) e ideologia (simbólica e imaginária), se o autor naturaliza as bases culturais que alimentam seu discurso, e nossa análise chegará a essa conclusão se interpretarmos o discurso sobre o amor com as ferramentas de desconstrução crítica daquilo que foi construído ideologicamente. Estaríamos, portanto, além de uma psicanálise do isso ou de uma psicologia do eu, próximos de um diálogo antropológico baseado na teoria construcionista crítica, pensando uma antropologia do sobre-eu para deixar claro a diferença que temos em relação à noção de supereu freudiana.