Sabe-se que transita na internet o meio de comunicação mais significativo da sociedade atual a repetição de estruturas sociais e estereótipos. É nessa lógica que violências contra as mulheres são reproduzidas, coexistindo com transformações na intimidade e avanços na autonomia feminina. O meio virtual reflete e incita uma cultura de hiperexposição da imagem, no qual vidas privadas alcançam dimensão pública. Surge aí o sexting uma forma de relacionamento entre jovens por meio de mensagens de texto de cunho sexual e que podem conter imagens, palco também para chantagem e exploração da imagem feminina: o pornô de vingança. Se o sexting existe no sentido de novas nuances no relacionamento, e já que se relacionar pressupõe mais de uma pessoa, qual a razão de as mulheres terem suas expressões sexuais cerceadas? A exposição da imagem de mulheres como vingança desnuda uma lógica machista e aponta para a necessidade de se trabalhar a educação sexual na juventude. [...]