Berlim ou Roma. Duas visões da vida se confrontam em “Pinkerton”, de Franco Cordelli, romance de uma geração que deseja com urgência uma revisão de valores e aspira a um novo saber. No livro movimenta-se uma trupe de atores educados no colégio Molinelli, comunidade fechada que mais parece uma seita, ofuscada pelo êxtase da segurança exclusiva e radical, mas derrotada a cada confronto com a realidade. O colégio é uma verdadeira metáfora da existência, desvendada através do policial Moroni. É ele o encarregado de investigar o desaparecimento de um dos artistas durante uma turnê pela Alemanha e conduzir o inquérito pelos meandros de um minucioso interrogatório sobre a vida dos estranhos internos daquela instituição.