"Eu crio a minha própria moral e o mundo que se dane!" Quem define assim a própria "liberdade" de agir e pensar desconhece que a moral carrega uma contradição: ela nasce da interação dialética entre seu caráter social (herança preservada pela comunidade) e a convicção pessoal, alimentada por todos nós, de que o "bom" para uns pode não ser bom para outros, e vice-versa. A moral tem, portanto, duas faces: pode servir à reação conservadora ou a postura revolucionária.