O pragmatismo filosófico rejeita debater problemas que só são vistos por professores com carreira acadêmica e salienta como é ridículo e irresponsável dar fim prematuro aos nossos debates apontando o dedo para a Verdade venha ela de Deus, da Razão, ou da Natureza das Coisas. Neste livro, Bruno Torrano emprega o receituário pragmático, em especial o antifundacionismo de Richard Rorty, para dialogar com relevantes autores nacionais do direito (Lenio Streck, Luís Roberto Barroso, Alexandre Morais da Rosa, George Marmelstein, Eros Grau, Ricardo Campos, Jorge Lavocat Galvão, etc.) acerca das seguintes problemáticas jurídicas: promessas não cumpridas do pós-positivismo brasileiro; esterilidade do debate acadêmico entre positivismo e não-positivismo; ensino do direito; retórica e cinismo de magistrados; ativismo judicial; neoconstitucionalismo e morte do Estado de Direito; polifonia social e desacordos morais razoáveis; e objetividade, normatividade, autoridade e institucionalidade do direito. Ao sublinhar o caráter inexorável da linguagem, Torrano deixa de lado o que toma o tempo do direito e se abre para o futuro como uma aventura. Estamos juntos nessa viagem sobre e pela linguagem, sem garantias de metalinguagens ou mesmo de salvações transcendentes (sem platonismos, nem iluminismos). (Alexandre Morais da Rosa)