Com seleção e tradução de Mariana Lage, prefácio de Luiz Costa Lima e texto de orelha de João Cezar de Castro Rocha, esta é uma coletânea de ensaios publicados entre 1998 e 2015 e disponibiliza em língua portuguesa parte importante da produção acadêmica de Hans Ulrich Gumbrecht, influenciada pelo conceito de serenidade (Gelassenheit) de Martin Heidegger. Tratam-se de textos que expõem a emergência e a ampliação do tema da produção de presença no pensamento e na escrita do historiador e crítico literário. Além de Heidegger, estão presentes a influência de Paul Zumthor e a relação de Gumbrecht com a Estética da Recepção, de Hans Robert Jauss, além dos temas da poesia, atenção e experiência estética. Assim, para os leitores e pesquisadores interessados na produção de presença, esses ensaios apontam direções importantes de como o tema se abre e se desenvolve, quais caminhos trilha, quais intuições o alimenta, em que referências bebe. Nesse sentido, a seleção desses ensaios intencionou, ao prover mais referências e fontes, complexificar o entendimento sobre a produção de presença além de fornecer pistas numa senda de múltiplos acessos ao pensamento de Gumbrecht. O livro conta, ainda, com uma entrevista, cedida em abril de 2015 e atualizada em março de 2016, onde Gumbrecht fala dos livros no prelo, das últimas disciplinas lecionadas na Stanford University, da aposentadoria futura (planejada para 2018), além de perpassar temas abordados na seleta de artigos como poesia, presença, a influência de Heidegger em seu pensamento, a importância de Zumthor como interlocutor e a crise das disciplinas Humanas.