Dos pré-socráticos a Platão, de Schopenhauer a Nietzsche e Freud, o autor sustenta que no pensamento desses filósofos encontra-se uma perene transformação em virtude do eterno jogo de inclusão e separação, criação e aniquilação, vida e morte, ódio e amor, que eles procuram captar e interpretar. Apelando para a physis, os primeiros cosmologistas jônicos buscam ligar a geração e a corrupção, o Amor e o Ódio; pela arte do diálogo. Platão tenta descolar a angústia para o reino das idéias, pelos conceitos de vontade, de desejo e retorno, Schopenhauer, Nietzsche e Freud procuram conectar, articular, interpretar um universo de pulsões e forças que não cessam de se entrelaçar e de se separar. O autor encerra esse itinerário com a mesma pergunta agostiniana formulada no início: Trata-se de uma vida mortal ou uma morte vital? Ou ambas ao mesmo tempo?