Marina conseguiu algo incomum para um fotógrafo viajante ao dominar uma escala de tempo que vai além dos comandos de uma câmera profissional ou da habilidade em usá-la. Construiu movimentos em cenas captadas não a 24 quadros por segundo, mas a 360 quadros por ano, milhares por década. Anos a fio, em lugares que amamos visitar, logrou registrar além do movimento, a transformação. E terminou por descobrir, entre as imagens que foi clicando, um olhar nômade, uma dimensão própria por onde transita espontânea e competente.