“O amor, que deveria tornar as pessoas felizes, muitas vezes é um sentimento negativo. Quantos são na verdade felizes no amor? A maioria finge sê-lo, vivendo um amor comprado e efêmero, no qual o mundo do ser é substituído pelo do ter e do parecer. Ser feliz não é só difícil, também dá medo”, afirma Willy Pasini em “A qualidade dos sentimentos.” Em seu livro, Pasini procura mostrar que podemos constatar que o amor é a lava que torna férteis as vertentes do vulcão. “E talvez seja exatamente esta a metáfora mais bonita acerca do amor, aquilo que o torna eterno: a sua capacidade de renascer eternamente das suas próprias cinzas. Só os homens, com as suas tentativas de administrar o amor de forma egocêntrica e interessada são efêmeros. O amor transcende-os e relativiza os seus sentimentos terrenos e menores. Ao falarmos de amor, talvez fosse melhor que deixássemos a tarefa para os artistas e os poetas”, conclui ele.