Das obras de Karl Marx e Charles Darwin, no século XIX, até o recente best-seller O despertar de tudo, de David Graeber e David Wengrow, muito se tem discutido sobre as relações entre a sociedade humana e a natureza. Com o advento do Antropoceno — ou Capitaloceno, como querem alguns —, época em que os seres humanos passaram a ser o principal vetor de mudanças na biosfera, o que era uma discussão teórica passou a ser uma questão de sobrevivência, tendo em vista os crescentes desequilíbrios ecológicos e climáticos que afetam nosso planeta.Se as ciências “duras” foram objeto do livro anterior de José Eli da Veiga, neste o foco volta-se para as ciências humanas.