Era com lápis, papel e noções de taquigrafia que a jovem jornalista Maria Ignez registrava, nos anos de 1960, depoimentos de famosos e anônimos. Deixando de lado o gravador e convocando a prosa solta, ela capturava na fala das pessoas os instantes mais fugazes, cotidianos. Em sua escrita ágil, a autora consegue ir muito além da biografia ou do furo jornalístico. Seus entrevistados compõem um rico mosaico cultural: de Dalí a Di Cavalcanti, de Pixinguinha a Gil, de Kubitschek a uma lavadeira carioca. Sumário Gentíssima, quase 40 Anos Depois – Maria Ignez C. C. Barbosa Prefácio à Primeira Edição – João Cabral de Melo Neto Literária Um poeta só João: João Cabral de Melo NetoO amado Gilberto das mulheres: Gilberto AmadoWilma Guimarães Rosa: Aos pedacinhos de coisas muito maisDe repente, morreu: João Guimarães RosaAgrippino Grieco: Um lobo nem tão mauMarina Colasanti: A literatura da vidaAparício Toreli: Sabedorias do senhor “barão”Érico Veríssimo: Um gaúcho sem esporasDois dramaturgos na evolução do teatro inglês: Tom Stoppard e Arnold WeskerColorida Di, o pintor menino dos cabelos brancos: Di CavalcantiSalvador Dalí e a irrealidade humanaGrauben: Qual a diferença entre Van Gogh e Gauguin?Manabu Mabe, o egoísmo da pinturaHenry Moore: Esculturas dentro do céuLygia Clark: A proposição da imanênciaSonante Pixinguinha, Donga e João da Baiana: Três cavalheiros chapéu na mãoElizete Cardoso: Enluarada, divina ou magnífica?Monsueto de todos os amoresNara Leão: Feliz, mas não completamenteVinícius, Edu e Gilberto Gil: Fazer samba não é tomar cervejaBaden Powell: Um violão que fala tímidoSérgio ou Stanislaw?: Sérgio PortoTropical Juscelino Kubitschek: Deus é brasileiro mas anda um pouco distraídoRenault: Entre perucas e nomesMaria X: Depoimento de uma lavadeiraLéa Maria: É loura a imagem que fiz de mimO Nordeste de Deus: De Maria José