Essa obra estuda e analisa o nascimento desse segmento componês, sua expansão e sua luta contra as platanções escravistas, suas complexas relações como Estado colonial e seu enfraquecimento e subordinação final pela ação de um conjunto de medidas repressivas postas em prática pelo governos português. Elaboradas no contexto da reativação do mercado internacional do açúcar e das políticas contra-reformistas nascidas do terror surgido a partir da Revolução Francesa, essas medidas consolidariam as plantações e as escravidão no papel central da história econômica e social da região no século XIX, e, ao desarticular a economia dos agricultores livres e pobres, preparariam o caminho da sua grande metamorfose de produtores autonômos em trabalhadores "livres" das grandes unidades agroexportadoras, convertidas, agora sim, nas formas paradigmáticas de produção e de controle social do Nordeste oriental