Saltar no âmago de questões que permeiam a Reforma Psiquiátrica no Brasil para acelerar, cutucar, provocar seu movimento, sempre o movimento, foi motivo das viagens de pesquisa encontradas neste livro. Pesquisadoras que empunharam suas convicções e afectos na tentativa de reconciliar o irreconciliável: o tempo. Tempo que já não existe mais, que foge por todos os lados, que faz rizoma. Fluxos que se encontram e se desencontram, que emergem e submergem, que pululam em um vaivém de avanços e retrocessos, de conquistas e derrotas, de graus de forças: fortes e fracas. Fluxos que levam a um tempo perdido, um tempo onde o passado não cessa de exigir uma voz. Um tempo virtual que já está aí, que urge ao despertar para ser reconquistado. Enfim, como reconciliar a loucura com a sua razão? A Reforma com a sua Reforma? Este livro esboça alguns caminhos as possíveis condições para um agenciamento coletivo que poderá repercurtir em muitos outros movimentos pelos direitos à vida.