Ao abordar aqui o tema do perdão, objeto de pregações geralmente religiosas, Sergei Prokofieff extrapola o mero âmbito da salvação pessoal para adentrar o do individualismo ético, caracterizado por Rudolf Steiner em A FILOSOFIA DA LIBERDADE. Ressaltando o fato de que perdoar significa assumir o carma do outro, liberando forças espirituais cósmicas para tarefas voltadas ao futuro, e não compensatórias do passado, o Autor nos faz refletir sobre o quinhão de egoísmo que normalmente alimenta as ofensas e ressentimentos alegados na recusa em perdoar. Dando vários exemplos de pessoas que foram capazes de perdoar em situações terríveis, ele desafia a coragem para a auto-superação e o sincero empenho no desenvolvimento humano geral, com base no amor e na liberdade.